quinta-feira, 10 de março de 2011

Bilinguismo pode adiar Alzheimer.

Se você quiser se proteger contra os efeitos do Alzheimer, umas das melhores coisas a fazer é aprender outro idioma. Ao menos isso indica um recente estudo cerebral que mostra que os cérebros das pessoas bilíngues funcionam melhor e durante mais tempo, depois de desenvolver a doença.

O estudo realizado pela psicóloga Ellen Biaslystok e seus colegas da Universidade de York em Toronto (Canadá), monitorou os cérebros de 450 pacientes diagnosticados com Alzheimer mediante tomografia axial computadorizada. A metade destes pacientes era bilíngue, e a outra metade só falava um idioma.


Todos os pacientes tinham um nível cultural similar e os pesquisadores descobriram que a média de idade na qual se diagnosticava o mal às pessoas bilíngues era quatro anos superior à dos monolíngues. Este achado foi publicado em 18 de fevereiro durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

Curiosamente, as tomografias axiais computadorizada mostraram que em pacientes que pareciam atravessar o mesmo grau da doença, os bilíngues mostravam um deterioração mental maior que os que só falavam um idioma. Não obstante, esta diferença não era aparente desde o ponto de vista do comportamento do paciente ou em suas habilidades para operar. As pessoas bilíngues agiam igual aos pacientes monolíngues cuja doença estava menos avançada.

Ao que parece a explicação a este efeito protetor poderia ter a ver com certa rede cerebral chamada sistema de controle executivo que parece ser a base para nossa habilidade de pensar em formas complexas e que controla a atenção e tudo aquilo que torna único o pensamento humano.

Segundo esta teoria, as pessoas bilíngues têm que exercitar constantemente este sistema cerebral para evitar que um das duas linguagens que dominam interfira com a outro. Seus cérebros devem fazer buscas através de várias opções (em ambas as línguas) para escolher cada palavra, o que confere a seus cérebros um benefício cognitivo.

Tal e como comentam os cientistas, não é que o bilinguismo evite a doença, senão que faz com que um paciente trate ela de forma mais eficiente.

Isto não só funciona com pessoas que vivem em áreas bilíngues como Quebec, senão que também é útil para aqueles que como eu, aprendemos um idioma estrangeiro sendo jovens.

Via | LiveScience./NDIG


Fonte de pesquisa: http://www.portaldascuriosidades.com/

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